Projeto para edifício multiuso, comercial e apartamentos residenciais, composto por lojas e restaurante nos três primeiros pavimentos, apartamentos nos demais andares e um bar – mirante onde se pode ver o sitio arqueológico Huaca Puclana, acima do terraço O edifico nasce a partir de um vazio, este como uma praça pública coberta, abrindo o interior do edifício para a cidade.
Espacialmente o vazio nos convida a fazer parte do edifício, a sensação de espaço aberto integra todo o edifício do térreo até restaurante.
Funcionalmente o edifício trabalha de duas maneiras.
O vazio(praça) orienta e organiza todo o espaço público (lojas e restaurantes e cidade),integrado em uma espaço único.
Uma caixa de vidro da forma as lojas nos dois primeiros pavimentos .Elas foram pensadas para uma total flexibilidade das plantas Trabalhamos com a utilização de um mezanino para cada loja, é possível integra-las todas em umas ou duas lojas se necessário.
A rampa está localizada ao lado da parede na parte posterior do terreno não criando uma barreira física para o público, melhor fluxo de pedestres para o edifício e do edifício e com a cidade.
As escadas principais integradas ao grande vazio e com comunicação direta para a cidade, dando-lhes muita luz natural.
Os apartamentos foram organizados para uma melhor utilização da fachada, melhor conforto ambiental e uso da luz do sol em todas as áreas da casa.
A estrutura pensada onde pilares e circulação vertical como parte importante no sistema de sustentação da edificação, além da laje pré – fabricada como solução para os grandes vãos.
A vedação do edifício proposta com placas de concreto texturizadas na técnica de impressão fotográfica e a pele de vidro serigrafado, evidenciada a intenção plástica.
Finalmente acima do gabarito das edificações propomos um bar/mirante para avistar o sítio arqueológico inca (Huaca Puclana) propomos nesse ambiente interno a utilização do mesmo material do sítio arqueológico – a parede de terra(taipa).
Projeto para oito torres de apartamentos, como premissa do concurso o projeto deveria se desenvolver ao longo de 8 torres com lugares já definidos A partir de linhas mínimas e um design único, uniforme e harmônica para a composição de todo o projeto, cada torre é desenvolvido em dois volumes diferentes, o corpo inferior e horizontal, integrado com a topografia evitando grandes movimentações de terras e outro corpo superior vertical e esbelto que facilita qualidade ambiental, térmico, ventilação e iluminação natural para os edifícios.
No interior das torres, lofts A e B, adaptado aos dois volumes, grande espaço aberto, vazio, e grandes terraços cobertos ganham os lofts, que se volta à vista principal. Interno e externo, espaços totalmente integrados três peles de vidro e portas de madeira envolvem os edifícios que criam uma gama formas, cores, texturas, iluminação e sombras na fachada.
O sistema estrutural formado por grandes lajes apoiadas em oito pilotis (grandes tubulões), cada torre repousa levemente no terreno. A circulação vertical em solidariedade com o sistema estrutural contém uma escadaria diferenciada, em destaque na fachada posterior do edifício.
Pensar em um novo edifício residencial para a cidade.
Em frente ao sitio, para o norte, o verde do parque toma a paisagem, ao sul, as águas, do Oceano Pacífico dão forma ao horizonte.
O projeto é desenvolvido a partir dessa ideia.
O duplex, em seu primeiro pavimento, cria-se um espaço aberto, porem com diferentes áreas e funções, dois grandes terraços se formam. Eles se misturam a paisagem, ao norte, temos a “terraço – jardim” que se comunica com o verde, ao sul, temos o “Terraço – piscina”, as águas dialogam com a paisagem e as características do Oceano Pacífico.
Dentro do apartamento, a fluidez e clareza da planta fazem com que a paisagens se fundam em uma só, podemos ter as duas paisagens ao mesmo tempo.
O segundo ponto do projeto, a circulação vertical centralizada. Todo o edifício se organiza em torno dela, você pode ter espaços separados com diferentes funções, sem o uso de outros elementos como paredes, apenas a caixa do centro para isolar e integrar os ambientes. Espaços que se comunicam, estar, cozinha, escritório, sala de jantar, o lazer nos terraços, interagem entre si.
No segundo andar do duplex, temos as demais funções (dormitórios, sala intima e lavanderia), um vazio completa o duplex.
A vedação proposta, duas peles que envolvem todo o edifício, a primeira uma pele de vidro. O segundo (externa) é uma “cortina de brise – soleil” (metálica). A cortina de brise envolve a construção dando privacidade, conforto ambiental e garantindo toda a vista da paisagem.
Estruturalmente, duas sequências com quatro pilares (pilotis), ajudados pela caixa central e concebidos como um conjunto, sustentam todo o edifício.
Um terraço na cobertura, o térreo com o café e o subsolo seguem a ideia e completam o projeto
Ver a cidade do Rio de Janeiro é ver além das formas que se descortinam aos nossos olhos. É nítida a integração entre a exuberante natureza e as intervenções humanas que se fundem, ora se integrando sutil e amigavelmente, ora como contraponto à organicidade natural. No entanto, para uma compreensão da paisagem urbana, é necessário que as intervenções arquitetônicas fluam de forma direta e objetiva e, indo de encontro ou ao encontro da natureza, não deixem qualquer dúvida sobre as suas intenções.
Esta percepção da cidade é ponto de partida e fio condutor para a concepção arquitetônica deste projeto: um novo elemento inserido na paisagem como referencial de leitura urbana. O edifício faz parte da ilha, mas não está nela, repousa no mar como uma sentinela ao lado da ilha, um contraponto vertical, transparente e racional, de formas definidas e translúcidas numa relação inversa com as formas naturais da ilha – horizontal, opacidade e organicidade.
A concepção do farol se apresenta na forma de “plataformas” sobre o mar. Se solidarizam a essa conceito, as estruturas do projeto (circulação vertical e laje em grelha – grandes vãos).
A circulação se desenvolve nas extremidades das plataformas, abrindo- se os espaços internos para a paisagem, a fusão das vistas acontecem no interior do farol.
Os balcões urbanos se espalham em diferentes alturas ao longo do farol. Café, brinquedos e observatório em plena comunicação visual com o espaço exterior. Diferentes alturas de pé-direito criam espaços descontínuos, evitando o óbvio e repetitivo. Uma passarela como único elemento físico a tocar a ilha completa o conjunto: uma ”lanterna urbana” que à noite emana luz para a cidade do Rio de Janeiro.
Uma reflexão sobre edifício ,geografia local, topografia, museu, cultura e cidade
Projeto para museu do imigrante cubano em miami.
O edifício é uma forma pura, suspensa no ar, uma tenda a beira do oceano, uma marquise, o museu não toca a cidade, mas sim, podemos imaginar que a cidade cria o movimento – a topografia de Miami que se adapta ao edificio. A cidade se ergue e sustenta o museu(edifício) bem como apóia a cultura latina dos novos imigrantes que chegam.
O museu está localizado no nível da cidade. Ele foi pensado como uma extensão cultural da cidade. O programa se desenvolve através desse volume único. Acima do museu a “praça do imigrante”, uma praça-mirante onde cidade e museum tornam –se um só. As áreas de exposições de celebrações e suas atividades podem ser levado até praça.
O edifício é como uma grande marquise para a praia, um ponto de encontro, imaginamos aqui um lugar coberto para festa e comemoração para a cidade. Um museu para cidade – um lugar cultural e democrático de debates – “marquise urbano”.
O interior do edifício dão-nos diferentes pontos de vista. À medida que caminhamos pelo museu na sala de exposições, as obras se destacam e detém a nossa atenção completamente. Quando nos sentamos nossos olhos usufruem de um novo cenário através de uma ranhura na parede(rasgo) – “sentar e ir para fora”.
Um terraço completa a vista.
Estruturalmente o edifício como uma grande viga apoiados por três pontos na cidade, cada ponto tubulões sustentam o museu. A distinção entre o museu e a cidade – a criação de um degrau.
O museu, uma forma pura, que repousa sobre a cidade.
Nos bairros paulistanos ,nas décadas de 40 e 50 , a maioria da população se conhecia. As pessoas caminhavam a pé e mais tranquilamente pelas ruas, calcadas com paralelepípedos. O pedestre tinha um espaço mais digno e a escala das ruas lhe favorecia. Nos bairros mais tradicionais como o Ipiranga o Brás, a Moóca, Santo Amaro, Higienópolis e etc, a rua era o local do encontro. As pessoas saiam nos finais de tarde para conversar, se encontrar, ou tomar a ”fresca”, muito comum nas varandas ou bancos em frente à residência. São Paulo era mais amena e mais convidativa, mais acolhedora.
Nosso projeto busca o retorno desse caráter da rua paulistana, as calçadas largas convidando ao passeio, a andar a pé encontrar outros moradores no fim de tarde, andar de mãos dadas sem a aflição dos carros e seus congestionamentos. Buscamos trazer a rua de volta a escala do pedestre. Essa proposta vem em contraponto ao megacondôminios que se projetam e constroem hoje em dia, isolando cada dia mais a população em pequenos guetos queremos trazer as pessoas para a rua para o convívio diário, nos pequenos comércios.
Salas de estar : livings
A calçada como grandes pontos de encontros, calçadas – praças. A calçada é para todos, é para vivermos, andarmos, discutimos, sentarmos com dignidade, lugar publica e democrático. A calçada como extensão das nossas casas e estabelecimentos. Criamos pequenas “”salas de estar”” no percurso da rua, onde as pessoas convivem com todo o tipo de gente, compartilham o seu dia a dia. Pequenos assentos dispostos perpendiculares a via publica, ao longo de toda Frei Caneca, comtempla a vista da cidade, os assentos podem ser interrompido sempre que necessário ou por entradas de garagens ou caso atrapalhe o passeio público. As arvores existentes e os novos ipês –amarelos propostos em toda a Frei Caneca, garantem mais qualidade de vida.
A Praça
Comtemplando a intenção da cidade democrática do projeto, encontramos ao longo da rua Frei caneca, encontramos um lugar ideal à praça, a igreja e o verde. O terreno da paróquia Espirito Santo é hoje pouco aproveitada. Propomos uma praça junto à paróquia, são dois platôs ligados por rampas que seguem a topografia do terreno o próprio platô no nível, esta elevada em relação a Frei Caneca, neste nível locaremos o parquinho hoje existente, movendo – o pouco de lugar. um segundo platô, se volta para o verde existente que envolve a paróquia.
A rua democrática e tolerante:
a escala do pedestre A formação de uma sociedade mais justa depende, entre muitas coisas, da atuação do arquiteto, seja no desenho urbano, habitação, respeito ao ambiente. Como frisou Henrique Mindlin – “a sua função não pode se restringir à mera tradução, em termos plásticos, ou seja, tridimensionais, de exigências de toda ordem impostas de cima e aceitas passivamente. A cidade, adaptada às necessidades e às condições de vida de nosso tempo, tem de readquirir o sentido social e humano que a caracterizava antes do impacto da Revolução Industrial e da especulação imobiliária. A rua, o lugar do encontro, do lazer, das relações entre as pessoas, sem qualquer distinção, “expressão da mente coletiva e o espírito da comunidade” (Sert) é a cidade pensada para toda a população. Uma das linhas de nossa proposta É devolver a rua ‘’a escala do pedestre, com arvores baixas, bancos , calcadas largas e o passeio confortável . ” A circulação moderna ‘’e uma operação das mais complexas, as vias destinadas a múltiplos usos devem permitir, ao mesmo tempo: aos automóveis ir de um extremo a outro, pedestres ir de um extremo ao outro; aos ônibus percorrer itinerários prescritos e etc. cada uma destas atividades exigiria uma pista particular, condicionada para satisfazer necessidades claramente e caracterizadas. ..’’ (Carta de Atenas) . Em nosso entendimento ‘’e necessário priorizar o pedestre e neste projeto o carro não ‘’e suprimido, porem fica em segundo plano, diminuímos a largura do leito (ficam duas faixas de rolagem e baias de estacionamento e manutenção dos carros) e alargamos consideravelmente as calçaadas. Segundo a arquiteta Vera Magiano “”…o incentivo a novos “paraísos para pedestres”, começou na década de 1970 com a contínua estruturação de zonas para pedestres, que passaram a valorizar o espaço público, o comércio de rua, as áreas de passeio, reduzindo-se as distâncias e obstáculos para o fluxo dos pedestres, através de projetos que priorizaram o conforto e a segurança destes usuários. A cidade para os pedestres é, segundo Paulhans Peters, a reação frente à cidade ordenada, e também a resposta à cidade que prioriza o uso do automóvel. Seu princípio de ordenação se orienta pelo cotidiano do homem contemporâneo, suas necessidades e prioridades habituais, numa tentativa de conciliação e coexistência entre pedestres e motoristas, pedestres e ciclistas.
Em nossa proposta o pedestre caminha sempre em nível, a faixa de pedestres esta elevada ao nível da calcada, o que faz da rua espaço mais democrático aos portadores de necessidades especiais, não são necessárias rampas de acesso ou adaptações. Todos caminham no mesmo nível, no mesmo espaço tolerante, não há distinções, esse ‘’é o caráter da rua que buscamos trazer de volta. O caráter simbólico em se elevar os acessos dos pedestres ‘’é relevante na medida em que o carro ‘’e que tem que subir ao nível do pedestre quando passa pela lombofaixa e não o contrario, ou seja quem invade o espaço que ‘’e próprio do pedestre ‘’e o automóvel. Acreditamos que com isso algo se altere na relação do carro com o pedestre. “…arquitetura social é aquela que se situa acima do nível individualista”.(Neutra,R) Ciclovia Nossa proposta comtempla uma ciclovia que se estende por toda Frei Caneca, acreditamos que as características do bairro e do seu entorno buscam essa necessidade. A grande circulação de pessoas e a demora em se realizar pequenos trajetos na cidade (sem levar em conta os benefícios relativos a saúde), trazem a tona a discussão de uma grande ciclovia interligada, por toda a cidade. Isso reduziria drasticamente o transito e consequentemente o tempo de percurso. Neste projeto a ciclovia esta no nível acima da rua para que proteja o ciclista, ela é interrompida vez ou outra apenas por faixas de pedestres. A ciclovia nesta rua, não se interliga a nenhuma outra rede, faz se presente como embrião de uma ideia mais ampla, vem resolver a circulação da população do bairro que trabalha nos arredores da Av. Paulista.
Abrigo Sustentável
A ideia deste abrigo surgiu do perfil do paulistano que mora ao longo da rua ou que somente frequenta a região. São estudantes, empresários, jovens e este abrigo sustentável funciona como local de descanso e pequenos trabalhos. Uma placa de captação solar acima da cobertura possibilita energização de tomadas que seriam utilizadas por moradores ou transeuntes para seus aparelhos eletrônicos (celulares, notebooks e etc). Não raras são as situações em que necessitamos brevemente de locais como esse. A energia “é gerada pelo sol e a manutenção ”é praticamente nula. Uma torneira pública pode ser pensada junto ao abrigo de água da sabesp ou mesmo água pluvial captada pela cobertura. O calçamento pensado em piso intertravado amarelo e cinza no passeio público e concregrama nos livings, garantem a permeabilidade do solo em toda a frei caneca. o amarelo dos ipês e do passeio, a cor inserida na escala urbana. Um suave tom de amarelo que varre toda a Frei Caneca.